domingo, 3 de julho de 2011

Encontro de Jesus com os Doutores da Lei no Templo de Jerusalém



"Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas."

Leia aqui a passagem bíblica correspondente (Lc 2, 41-52)


Esta passagem conta um fato surpreendente... não apenas pelo Menino ter permanecido na cidade sem o conhecimento e consentimento de seus pais, mas por sua presença no Templo de Jerusalém. Os grandes homens sábios, que conheciam toda a Escritura e todas as Profecias tinham, naquele dia, por interlocutor um jovem de 12 anos... Um Menino simples, vindo de uma pequena cidade do interior, filho de um carpinteiro: certamente aqueles homens não entendiam de onde vinha todo o conhecimento dele.

A Bíblia diz que todos que o escutavam ficavam maravilhados... É fácil imaginar sobre o que Jesus falava. E o mais importante: o modo como Ele falava. Nem sempre conhecer as Escrituras significa "conhecer Deus". Os sábios doutores sabiam de cor cada um dos versículos e todas as profecias. Podiam citar palavra por palavra o que cada Livro continha... mas quantos ali "conheciam" realmente Deus?

As palavras do Menino irradiavam um profundo conhecimento de Seu Pai do Céu... O brilho dos seus olhos, o amor no seu tom de voz eram um grande testemunho da "intimidade" que Jesus tinha com Seu Pai.

Imaginem a cena: em volta do pequeno Menino havia muitos homens maduros, cultos, cheios de conhecimento e inteligência... mas todos eles se maravilhavam com a Sabedoria dele. Certamente seus corações ardiam e ansiavam por ouvir mais e mais Suas palavras.

Muito provavelmente alguns deles pensaram: "estudei tanto, li tanto durante tantos anos e não consigo "sentir" Deus assim como esse Menino..." Outros podem ter pensado assim: "como pode um Menino tão pequeno saber tanto sobre Deus???"

O certo é que, naquele dia, aqueles homens sábios tiveram um "encontro" diferente com Deus... um encontro com o Pequeno Menino Jesus e a Grandeza de Deus...

Que nós, a exemplo destes doutores, não nos deixemos cegar pelo conhecimento adquirido e nem façamos de nossos diplomas farol para nossa vida. Peçamos a Deus a verdadeira Sabedoria, aquela que nos fará "conhecer" o verdadeiro Deus que se fez Menino para nos ensinar que "ninguém vai ao Pai senão por mim..."


sábado, 14 de maio de 2011

Encontro de Jesus com Simeão



"...meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel."

Leia aqui a passagem bíblica correspondente (Lc 2, 27-35)

Sempre que leio esta passagem bíblica imagino como esta cena deve ter sido significativa para o velho Simeão. Consigo até imaginar que naquele dia, muito provavelmente, havia muitas pessoas no Templo de Jerusalém. Muitos sacerdotes, muitos levitas. Mas foi aquele homem simples e pobre, o idoso Simeão, quem primeiro viu o Menino Jesus chegar com seus pais. Simeão era um homem que praticava sua religião e ia sempre ao Templo. Ele esperava pelo Messias prometido por Deus. Diz o texto bíblico que, naquele dia, dirigiu-se para lá movido pelo Espírito Santo. E então, eis que ele tem a visão do Menino, nos braços de sua mãe. É muito fácil imaginar como seu rosto se iluminou... Imagine o sorriso em seu lábios e o brilho em seu olhar! E como Maria era uma pessoa muito atenta a tudo, a expressão do rosto de Simeão não lhe passou desapercebida. Ela percebeu a emoção daquele homem, e diante da ternura em seus olhos, ela gentilmente colocou o Menino Jesus nos braços dele, partilhando, assim, com ele a alegria da presença daquele pequenino Ser.

Que dia cheio de alegria e luz! É assim que ficamos quando temos um encontro com Jesus: nossas esperanças são renovadas e ficamos cheios de paz. O velho Simeão, já no final de sua vida, acolhe nos braços a Luz do Mundo... e seus olhos refletem essa luz que nasceu para a salvação de todos os povos. A luz em seus olhos era, nada mais, nada menos, do que resplendor da Glória de Deus. Suas orações sempre foram para que esse dia se realizasse: ele rezava por isso todos os dias, e sabia que, naquele bebezinho em seus braços já trêmulos, que ele contemplava com seus olhos cansados, vinha para cumprir as promessas de Deus e realizar as esperanças do povo de Israel.

Deixemos também que o Espírito Santo nos guie para um verdadeiro encontro com Jesus. E, como Simeão, abramos os nossos braços cansados para acolher Jesus... carinhosamente. E assim ele vai entrar em nosso coração, povoando nossos pensamentos e sentimentos. Que nossos olhos, tantas vezes sem brilho diante das agruras deste mundo, possam se abrir para a Luz que não se apaga... Depositemos no rostinho do Menino um beijo carinhoso... e certamente, nesta hora, suas pequenas mãozinhas vão afagar nosso rosto...



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Encontro de Jesus com os Pastores de Belém


"Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor..."

Leia aqui a passagem bíblica correspondente (Lc 2, 8-20)

Numa noite tranqüila e silenciosa, nas proximidades de Belém, próximo ao deserto da Judéia, alguns pastores estão em pleno trabalho, vigiando o seu rebanho. O céu está cheinho de estrelas e muito limpo; o ar é seco e frio... O silêncio chega a gritar nos ouvidos. Ao longe, escuta-se um tilintar dos sinos do pescoço de alguma das ovelhas que cochilam, deitadas. Próximo a elas está o cão de guarda que as vigia atentamente. O fogo está aceso – é inverno – e repentinamente uma luz misteriosa aparece o céu: um intenso clarão – parece que um raio rasgou a noite serena!

O texto bíblico diz que os pastores foram tomados de um grande temor... afinal, eles estavam cansados e sonolentos e foram surpreendidos por esta luz assombrosa e tão fora do normal. Eram pessoas simples, provavelmente rudes e ignorantes e eis que, repentinamente, uma voz misteriosa chega aos seus ouvidos:

“Eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura.”

Podemos imaginar a sensação que percorreu aquele acampamento... que coisas estranhas e incompreensíveis estavam acontecendo! Talvez algum dos pastores pudesse ter pensado assim: “- estou com tanto sono que estou ouvindo vozes...” E perguntaria para os seus companheiros: “-vocês também ouviram isso? O Salvador? Cidade de Davi?” E os outros disseram: “-sim, sim, eu também ouvi!”

Aqueles homens rudes e ignorantes, com pouco ou nenhum estudo, foram capazes de compreender o que significavam aquelas palavras estranhas... era uma promessa, uma promessa de alegria. E precisavam verificar, por-se a caminho e ver com os seus próprios olhos... E então aconteceu: eles largaram tudo por lá: ovelhas, cabras, cães, comida...

Largaram tudo por que eram homens que buscavam a Deus. Eles “foram com grande pressa e acharam Maria e José e o Menino deitado numa manjedoura.”

Foi uma experiência marcante na vida daqueles homens. Por mais que vivessem, jamais esqueceriam. Nunca deve ter passado pela cabeça deles que receberiam a visita de Deus, através de uma multidão de anjos que cantavam numa noite escura... Quanta beleza e harmonia neste momento...

“Gloria a Deus nas alturas... e paz na terra aos homens por Ele amados”

E então eles voltaram à sua cidade... e devem ter contado essa história muitas e muitas vezes. Afinal, um encontro com Deus não pode ficar esquecido. Que a experiência dos pastores se repita na nossa vida.


Crédito a imagem: fotografia de Samuel Quedas, no Picasa

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Encontro de Jesus com os Reis Magos


"Vimos sua estrela... e viemos adorá-lo..."

Leia aqui a passagem bíblica correspondente (Mt 2, 1-12)

Eles eram reis e eram chamados de “magos”. Na realidade eles eram homens da ciência, estudiosos, muito provavelmente astrônomos, pois perceberam que aquela luz brilhando no céu era um fenômeno raro, que poucas vezes na vida poderia acontecer... Mas o certo é que eram homens atentos aos sinais dos céus, aos sinais de Deus e que acreditavam nas profecias. Por isso se puseram a caminho, seguindo a luz daquela estrela. Eram reis, eram magos, eram cientistas mas, acima de tudo, eram homens de fé. Saíram de sua terra em busca do Messias Salvador.

Não sei por quanto tempo eles andaram, quantos dias ou meses durou essa comovente viagem. Mas sei de uma coisa: o coração deles devia arder de tanta alegria e esperança! Eles tinham um coração faminto e sedento de Deus. Um coração que estava ansioso para encontrar aquele Menino...

Mas aconteceu que, no meio do caminho, eles ficaram confusos. Acharam que o Messias, aquele que seria o Rei do seu povo Israel só poderia nascer na grande cidade de Jerusalém, por isso foram bater na porta do Palácio de Herodes... e a luz daquela estrela que os guiava se apagou! Mas graças aos seus corações sensíveis, eles perceberam que a estrela só poderia ter-se apagado porque tinham se desviado do caminho certo... afinal, aquela luz era o próprio Menino que, de sua manjedoura iluminava o caminho de fé daqueles homens!

Saíram, então, do Palácio e se dirigiram à pequenina Belém, por uma estrada que foi novamente iluminada pela estrela... E quanta alegria eles devem ter sentido ao perceberam que a estrela voltara a brilhar! Eles estavam no caminho certo de novo! E encontraram o Menino... no silêncio daquela noite, na simplicidade daquela gruta... na companhia de José e Maria e de gente simples... E seus corações sensíveis perceberam mais uma verdade: não era a estrela que iluminava o caminho, era aquele Menininho que iluminava a estrela!

Ali estava Jesus... o Ser Divino que se fez humano, tão frágil e tão pequenino a ponto de caber numa manjedoura. E ali estavam também os Três Reis Magos. Cansados depois de uma longa viagem mas revigorados com aquele encontro tão especial. Jogaram-se aos pés do Menino Jesus e de dentro de seus corações tiram os presentes que Lhe trouxeram: cada um deu a Ele o que tinha de melhor... e o adoraram!

Que jornada emocionante empreenderam estes homens! Deixaram sua terra, seus parentes, seus amigos e percorreram um caminho em busca de Deus, porque este é o destino de todos nós: buscar e encontrar Deus.

Nesta longa caminhada que não sabemos de antemão quanto tempo vai durar, vamos precisar atravessar, assim como os magos, desertos escaldantes e noites escuras. Sim, pois a luz da estrela que um dia iluminou nossos olhos e fez arder nosso coração nem sempre estará brilhando... ela sofrerá eclipses. Nossa caminhada de fé é feita de dias claros e noites escuras, de auroras e crepúsculos... Em nossos dias sentiremos a alegria de poder caminhar, mas também sofreremos com o cansaço da jornada. Em algumas horas estaremos entusiasmados e em outras sucumbiremos ao desânimo. Mas precisamos seguir em frente, sempre com os olhos atentos aos sinais dos céus, com ouvidos sensíveis à voz de Deus.

Pois nos dias de hoje, quando não temos mais a Estrela de Belém no céu nem o Menino Jesus em Belém, é preciso sentir que esta Estrela está dentro de nós... e ela nos guia para o encontro com Deus, um Deus que está perto e sempre presente, que caminha ao nosso lado e que se manifesta nas pessoas e na nossa realidade.

Que nossa busca sincera por Deus seja sempre uma jornada apaixonante. Que nossa estrela não se apague e que nunca nos cansemos dessa procura... Que nossa atitude seja de alegria em testemunhar que O encontramos na simplicidade de nossa vida e que possamos seguir iluminados por aquilo que vivemos...


Crédito da imagem: http://www.papeldeparede.etc.br/


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O encontro




Ele passou pela terra fazendo o bem. Andou pela Judéia, pela Galiléia, passou por diversas cidades: Caná, Jerusalém, Nazaré, Jericó, Cafarnaum, ... por onde ele passava, juntava gente para vê-lo, para tocá-lo, e se perguntavam: “Quem é este que fala com tanto amor?”, ou ainda, “Quem é este que nos olha com tanta ternura?”

Muitos foram os que o viram passar, muitos tocaram seu manto, muitos ficaram curiosos e se questionaram... mas alguns tiveram um encontro muito marcante com ele. Um encontro que fez com que suas vidas mudassem profundamente.

Encontrar-se com Jesus é muito simples... Ele está sempre a caminho, cabe a nós procurá-lo... “Buscai e o achareis.” (Lc 11,9). A presença de Jesus é grandiosa e ao mesmo tempo simples: ele quer se relacionar com cada um de nós. Cabe a nós consentir nesta relação.

Pensei neste blog com o objetivo de refletir sobre aqueles encontros que aconteceram na época de Jesus, com todas aquelas pessoas que o viram pessoalmente. Para que, meditando cada um desses encontros, possamos facilitar o nosso encontro com Jesus ressuscitado, que vive e reina entre nós.

Bom encontro!


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011